Em um dia chuvoso, uma chama acorda no meio da escuridão, uma nevoa azul em meio a chama vermelha, em um ambiente tranquilo.. quando se olha de cima das nuvens. A baixo enfrentando os detalhes do perigo de se voar, há um sofrimento em forma de garotinha, crescida com um proposito, sofrer..

Isolada ao lado da sua cidade, se relaxa com o silencio da grama raspando umas nas outras, relaxante igual chuva, inesperada igual o canto dos pássaros, correndo se vai até nunca mais, seu caminho não existe mais, não há mais pais e não volta nunca mais.. a não ser que.

"EI! VOCÊ, GAROTINHA!" "ESTÁ COM FOME?"

Assustada, acorda de seu transe matinal, e leva atenção de onde seus ouvidos percebem.

Há um homem, baixo e forte, segurando oque parece ser um veado.

"VENHA AQUI, JÁ ESTA FICANDO TARDE! TENHO COMIDA E ABRIGO, CÁ FORA HÁ MUITO PERIGO!"

Ela olha para o céu, (será que devia ir com este homem? porque ele quer me ajudar? e se ele for do mal?)

Rápido batimento de seu coração, Formigamento, Garganta fechada. não há escolha..

Ela corre em direção ao homem, e lhe da um abraço, com suas únicas forças sobre a sua crise de choro.

E lá foram eles para o abrigo, uma casa pequena mas nem tão pequena assim, antiga mas nem tão mal reformada assim, (que lugar aconchegante, quentinho também) e logo se depara com a sua esposa, talvez umas das mulheres mais lindas que passaram pelos seus olhos.

"Viu, está tudo bem, toma esse cobertor, está ficando frio lá fora.."

".."

"Meu nome é Violeta, esse é o meu marido Oliver.. e o seu nome?"

".."

"Você não lembra o seu nome?.. deve está assustada coitada" diz enquanto limpa suas lagrimas "a casa é sua, tem comida na cozinha."

Ela puxa seu nariz remelento e fecha seus olhinhos retirando oque restou de lagrima. Violeta faz carinho em seu cabelo, retira a sujeira presa, passa a mão em sua testa, e da um sorriso disfarçado. A menina está em paz e sossego.

Andando para a cozinha de forma apreciativa, observa uma lenha com madeiras já queimadas ao lado, bancos deixados a reparos, peles grossas de animais e roupas costuradas, a cozinha é minuscula, mas bem conservada, vê carne quente e feita ao ponto, Oliver está a assar a carne (que barulho é esse? acho que tem alguém na porta)

"JÁ vai!"

Oliver bufa e para o seus a fazeres para atender a porta. A menina pega a carne com as mãos e tenta morder, mas percebe que suas mãos estão sujas, e procura um jeito de se limpar

"Olá Oliver! nem preciso explicar oque aconteceu, é de se lamentar"

"Entra.."

"Com toda certeza"

O homem e Oliver se sentam em uma mesa na sala.

"Me diga, oque você viu?"

"Invadiram o Reino dos Profetas.. muitas famílias se foram... as que sobreviveram não duraram muito. e se duraram.. se tornaram escravos, foi uma cena.. catastrófica.. i-isso nunca sairá da minha memoria"

"Você se feriu? achou algum sobrevivente?"

"É um mar de corpos mortos, não tem nenhuma alma viva.. Mas eu vim aqui porque eu preciso lhe avisar de algo, um alerta pra ser mais certeiro.. há rumores que um ditador reina-rá e irá quebrar a lei dos terrenos sossegados, você terá qu-"

"EU NUNCA SAIREI DAQUI!" bate na mesa já quebrada, se parte ao meio, um silencio atravessa a casa como vapor ".. não deixarei que nada aconteça com essa casa, você sabe o quão importante essa construção é, não podemos deixar isso acontecer, depois de tudo isso que passamos.."

"Maas ..VoCÊ EsTÁ LOooUCO? PIROU DE VEZ É?.. não entende que destruirão as fontes, não tem mais futuro Oliver.. acabou.. Verão não pode ser ressuscitada... perdemos.."

"Não enquanto eu estiver vivo.."

"Pois morrerá tentando.. hahahAHHAHha, as vezes você me enlouquece.. há anos que a teimosia se enraizou em você, pobre homem.."

"...me de um tempo para pensar, preciso esfriar a cabeça" O visitante se levanta, e se caminha em direção a porta

"sorte sua que somos amigos e não um cliente.. de qualquer maneira, desejo sorte na sua caminhada, caçador.. valeu pelos presentes. outono.."

A menina estava paralisada a conversa inteira, e começou a mastigar a carne ao ouvir a porta se fechando, Violeta vai até a sala para conversar com Oliver, e a Menininha fica no canto da porta da cozinha para escutar a conversa

"Oliver, eu sei que isso é complicado mas.. mas agora temos uma garotinha para cuidar, não podemos nos arriscar assim, vamos sair daqui e viver como uma família normal"

"Hm.."
A menina cada vez mais se entorta para escutar a conversa

"Só viveremos felizes com o Verão, a falta que se faz é enorme, a comida não tem o mesmo sabor" - diz Oliver

(Eles estão falando de mamãe??) A menina cai de tanto escorar, Oliver e Violeta escutam

"Se machucou?" - diz Violeta Ela balança a cabeça, como um gesto de não, Violeta vê a carne mordida, e da um sorriso reconfortante

"Hihi, ta com dificuldade de comer?"
Diz enquanto levanta ela. Levantada, da uns tapas suaves para tirar a sujeira

A menina balança sua cabeça, de uma forma tímida, como um gesto de sim. Violeta retira a carne de sua mão, e com sua própria força, corta em 3 pedaços

"Aqui, Vá mastigando desse jeito, a carne inteira é bem dura" Ela tentar comer, e consegue de forma bem mais suave

"Viu?.. venha para a mesa, papai está te esperando!" (PAPAI? ele é o papai?)

A menina anda feliz e um pouco apressada para a sala. Oliver está sentado na mesa, cortando as carnes, os pratos não são dos melhores, como se existissem há seculos, e nunca mais trocados, porem.. o cheiro da carne é.. encantador.

**Ela se dirige a um banco na mesa, **

...

... e uma nevoa passa, no cavalete da sua imaginação ,o tempo se passa, e bons tempos, hein?.. ..a menina foi dada o nome de lilás, pela cor de seus olhos, seu apelido é lili.. ..hoje é um pouco mais crescida, mas ainda muito tímida.. ..seu "pai", Oliver, ainda se encontra saudável, já a sua "mãe", Violeta, está doente.. ..

...